Confraternização da Policia Civil

Fim de ano batendo à porta! É momento de confraternização entre familiares, amigos, grupos de peladeiros, empresas, instituições…

Este sábado, 09, foi dia de festa para os policiais civis do 17º Departamento de Policia Civil de Pouso Alegre, afinal, ninguém de ferro e os policiais também são filhos de Deus…!

O dia festivo começou logo cedo, às dez da manhã, com o tradicional torneio de futebol soçaite entre escrivães, detetives e delegados de policia. Logo em seguida foi servido um lauto almoço, regado a muita loira… gelada para os adultos, e ‘refri’ para as crianças e abstêmios! – Teve até uma garrafa de Ypióca 160 que alguém ‘levei’, a qual caiu no gosto dos diretores da chinesa XCMG. Aliás, guardaram até a garrafa vazia, como recordação!

Em meio aos comes & bebes o delegado Cesar Augusto, chefe do Departamento, ladeado por André Corazza, delegado regional, fizeram o sorteio de presentes à crianças e adultos. Teve desde creme de barbear, passando por bicicleta até TV de 32. A festa aconteceu nas dependências do Sesi e varou o dia ensolarado!







Para a festa de fim de ano da Policia Civil ficar completa, só falta agora o governo do Estado atualizar o pagamento dos servidores, cuja primeira parcela ainda não caiu na conta, e pagar também o 13º ainda este ano.

“Nói que é pobre…”!

Você quer passar momentos alegres, descontraídos, dar gargalhadas…? Então você tem que assistir ao show “Nói que é pobre”, do humorista Cleber Rosa!
Ele está com a agenda cheia, mas reservou um tempinho pra você. Cleber – aquele da ‘reclamação do dia’, que fala num caipirês/mineirês que dá gosto ouvir – estará no Clube Literário e Recreativo de Pouso Alegre nesta sexta,24 de novembro, à noite.
Adquira seu ingresso e vá morrer de rir – bem, morrer também não, né, você ainda tem muito que ler no blog do Airton Chips, mas vá ter ao menos uma dor de barriga de tanto rir – com a ‘prosa’ alegre do Cleber!
“Nói que é pobre” tem colocado um sorriso deste tamanho na cara de quem senta por alguns minutos na frente do Cleber!

Você não vai perder, vai?

Por que os cães não atacavam Fernando da Gata?

Há 35 anos, no final do mês de agosto de 1982, Pouso Alegre vivia seu pior pesadelo: Um “misterioso bandido, com parte com o demônio, capaz de dominar ferozes cães dobermanns, invadia mansões e roubava e estuprava as mulheres na frente de seus maridos…”!

Toda cidade tem uma história de bandido para contar. Algumas tem mais de uma. Pouso Alegre, no Sul de Minas, hoje – 2017 -, com 147 mil habitantes, também tem suas histórias.
O mais ilustre bandido que passou por Pouso Alegre foi o cirurgião plástico Osmany Ramos. Ele, no entanto, não cometeu nenhum crime em terras manduanas. Ele apenas passou por Pouso Alegre vindo de Inconfidentes, onde foi preso em uma chácara. Osmany ficou poucas horas na cidade, em 1996, antes de ser levado pela polícia federal para o Rio de Janeiro. Mas foi o suficiente para causar um tremendo frisson quando foi levado ao hospital regional Samuel Libanio para se submeter a exames de ‘corpo de delito’.
O famoso – às avessas! – que passou como um furacão por Pouso Alegre e deixou sua indelével marca, foi Fernando Soares Pereira, o “Fernando da Gata”. E deixou um rastro de medo, de fatos e de boatos. Ficou menos de uma semana na cidade. Tão sorrateiro como agiu nas caladas da noite o bandido se foi, levando quilos e toneladas de joias! Quilos de anéis, cordões e pulseiras de famílias abastadas da cidade… E toneladas de dignidade! Ele estuprou quatro recatadas senhoras, esposas de ricos empresários… Na frente dos seus maridos!
Fernando da Gata, que viera famoso de Russas, no Ceará, fez escala na capital paulista e bem que tentou mudar de vida… trabalhou alguns meses na construção civil. Mas seu ‘talento’ criminoso era por demais grande para ser desperdiçado debaixo de sacos de cimento, pilhas de tijolos e latas de concreto! Fernando da Gata nascera talhado para grandes empreitadas… Ainda que fossem para o mal! Em poucos meses de atividade criminosa na capital paulista, o eldorado dos nordestinos, o baixinho cearense colocou toda a polícia civil paulistana nos seus calcanhares. E a imprensa, ávida por furos jornalísticos, também!
Foi assim que, para dar folga às madames paulistanas, o assaltante solitário foi parar em Pouso Alegre no final de agosto de 1982, mês do ‘cachorro louro’! Não por acaso, de todos os predicados atribuídos a Fernando da Gata, o principal, era exatamente sua capacidade de acalmar e dominar ‘cachorros loucos’! Não eram exatamente loucos, mas eram ferozes cães de guarda, especialmente os esguios ‘Dobermanns’, os quais reinavam nos quintais das mansões naquele começo de década, depois que a luzes eram apagadas! Ninguém ousaria entrar nos quintais na calada da noite. Ninguém. Menos… Fernando da Gata!
Os donos das casas até ouviam os latidos ferozes dos seus ‘dobermanns’ no meio da noite. Mas quando se arriscavam a abrir a porta ou espiar pela janela, lá estava o amigo fiel sentado num canto do quintal! Atento, mas silencioso. Como se tivesse visto apenas um gato em cima do muro, mas o intruso já tivesse ido embora. Minutos depois o gato, quero dizer: o “da Gata”, estava no seu quarto apontando um trabuco para o seu nariz!
Mas como o esguio Dobermann parou de latir e se aquietou no canto?
Esse foi o grande mistério que Fernando da Gata levou com ele no crepúsculo de um dia frio de inverno, no começo de setembro, nas margens do Rio Sapucaí, há poucos quilômetros de Santa Rita do Sapucaí, uma semana e meia depois de protagonizar a maior caçada policial da história e colocar Pouso Alegre no cenário nacional com suas façanhas. Fernando da Gata não matou os cães de guarda. Sequer tocou em algum cachorro! Ou talvez tenha tocado… para lhes fazer um cafuné!
– Como pode, um cachorro que quase pula muros para atacar quem passa no passeio do lado de fora, ficar quietinho no canto do quintal enquanto o bandido entra e arromba a porta da casa do dono? – Perguntavam as pessoas com os olhos arregalados.
– Ele tem parte com o demônio! – Respondiam umas, fazendo o sinal da cruz!
– Ele hipnotiza os cães…! – Diziam outras, incrédulas.
Seu fascínio sobre os ferozes Dobermanns – ou o contrário! – virou mito.
Mais de vinte anos depois… desvendei o mistério. E matei o mito!
A saga de Fernando da Gata, sua passagem por Pouso Alegre, sua caçada por dezenas de policiais e sua morte solitária na beira do rio, apesar de muito propalada na época, nunca foi bem contada! Menos de meia dúzia de pessoas sabem o local exato onde seu corpo tombou e agoniou no crepúsculo daquela sexta feira!

Voltemos ao mistério do fascínio dos dobermanns pelo bandido…

Seguíamos na velha Parati pela rua do Asilo à procura do Marcelo da “Katião”, quando o avistei. Ele estava sentado no barranco do Distrito Industrial, de frente para a quadra poliesportiva da Vila Operaria, fuçando num celular. Pensamos rápido. Paramos, saltei e pedi aos colegas Benicio e Kleber que seguissem em frente, fizessem o contorno e chegassem por trás. E fiquei na esquina na entrada do beco que dá acesso à quadra. Por cima do muro eu observava Marcelo – identificado como autor de vários furtos à residências, – sentando solenemente no barranco namorando o celular. A vinte centímetros à sua direita, sentada no traseiro, estava sua fiel cadela Pitt Bull malhada.
Ao ouvir o chacoalhar da velha Parati, Marcelo olhou para a esquerda, viu o perigo se aproximando, engatou uma primeira e desceu o barranco em direção à quadra. Deu apenas dois passos. Antes do terceiro, uma azeitona quente saída do meu 38 cravou-se na terra argilosa do barranco, a poucos centímetros do seu tênis sem meia.
Minha preocupação era com a Pitbull malhada ao seu lado. Você se arriscaria a prender um sujeito com uma Pitbull à tiracolo? Eu não. – Certa vez, no começo de carreira, prendi e atravessei meia cidade com um ladrãozinho de residências numa chave de braço. Mas ele não tinha uma Pitbull malhada! – Só me atrevi a barrar o caminho do meliante na descida do barranco porque eu estava atrás do meu inseparável companheiro; um Taurus calibre 38, oxidado cano reforçado. E para mostrar minha coragem fui logo apertando o gatilho e avisando:
– O próximo vai meio metro para cima!
A freada de Marcelo no meio da descida foi tão brusca que ele precisou se equilibrar na ponta dos pés. A surpresa maior foi a atitude da cadela malhada. O indicador continuava suado no gatinho do trezoitão, pronto para puxá-lo quando ela desse o bote, mas não… A cadela não disse uma palavra! Assustada, surpresa, apavorada, sem saber de onde viera o tiro, a exemplo do dono, ela se limitou a parar instantaneamente a trinta centímetros dos pés dele. E ficou imóvel com o traseiro na terra. Passado o perigo? Não sei. Eu não perguntei. E a cadela preferiu o silencio. Mantendo uma distância segura, para economizar bala, ordenei que Marcelo voltasse de fasto até o alto do barranco onde a Parati já esperava com o ‘forninho’ aberto. Além do primeiro e único tiro, toda a ação foi rápida, curta e silenciosa, como aliás devem ser as abordagens policiais em locais públicos. Orientado por nós, Marcelo só precisou usar uma frase, quando a cachorra levantou as patas dianteiras para embarcar com ele no forninho:
– Vá pra casa, Malhada!
O mandado de prisão temporária era apenas para seu dono! Por isso não podíamos levar a cadela presa. Sua passividade diante do meu trabuco, no entanto, acendeu-me uma pequena centelha sobre o comportamento dos cães diante de um trabuco…

Tempos depois o comportamento de outra Pitt Bull de bandido ajudou-me a desvendar o mistério dos Dobermanns de Fernando da Gata.
A primeira vez que subi o muro dos fundos da casa do traficante Toby, no bairro Monte Belo, dei graças à Deus pelo fato de o muro ser tão alto. Quando sentei no muro a cadela muito parecida com a do Marcelo da Katião deu-me o ultimato:
– Não desça aqui no meu quintal, senão te estraçalho – disse a PitBull de tetas ainda salientes pelo fim da amamentação, mostrando todos os dentes! Mas eu desci… Desci depois que Toby, ao ver sua casa cercada pelos fundos, pela frente e pelos lados, trancou a cadela no canil!
Tensão maior, muito maior, aconteceu diante da cadela do Toby, na ultima vez que ela nos recebeu para um café da tarde. O problema é que naquele dia Toby não estava em casa para protege-la. Usei o mesmo caminho de sempre: o muro dos fundos. Enquanto eu conversava com a cadela, ainda em cima do telhado, os colegas entraram pelo muro da frente. Toby já estava mais famoso. Por isso éramos um grupo bem maior. Além dos colegas Benicio e Kleber, havia outra equipe da policia militar. Aos poucos e com cautela fomos nos aproximando e encurralando a fera. Até que ela viu de perto nove canos frios e escuros apontando para o seu focinho. E aí aconteceu a surpresa: a cadela Pitbull malhada baixou ainda mais a cabeça, colocou o cotó de rabo entre as pernas e pediu pelo amor de Deus para ir ficar quietinha no final do corredor, vigiando o tapete, defronte um quartinho no quintal. O detalhe é que ela tremia mais que folha de coqueiro em tempestade!
Quanto ao medo da cadela, não entendíamos nada. Já o fato de postar-se ao lado da porta do único cômodo do imóvel que ainda não havíamos ‘varrido’, segundo nossas deduções cachorrísticas, significava uma coisa só: era naquele quartinho dos fundos, com apenas uma janela e uma porta, que o nosso anfitrião estava! Para exibir-lhe as pulseiras de prata tínhamos que entrar lá. Pela janela, trancada por dentro, era impossível. O jeito era entrar pela porta de madeira. Mas a porta estava no final do corredor de três metros de comprimento. Teríamos que dividir o espaço de 90 centímetros de largura com a cadela malhada defendendo, provavelmente, seu dono…!
Quem se arriscaria?
Nenhum de nós.
Nenhum de nós, não. Mas os nove juntos, sim! E entramos enfileirados no corredor. Entramos perfilados, pé-pós-pé, esfregando lentamente as costas na parede, coração batendo a cento e cinquenta. Dezoito olhos sem piscar, cravados na cadela! Nove canos frios naquele corredor sombrio todos apontados para a cabeça grande e disforme da malhada tremendo. Ela nunca esteve numa corda tão bamba! E presenciamos uma cena improvável! De dar dó! À medida que o corredor atrás de nós foi ficando livre depois da nossa passagem, a cadela lentamente foi se levantando, mal se parando em pé nas pernas bambas de tanto que tremia! À medida que passava por nós, os canos frios dos trabucos se aproximavam mais da sua cabeça! Se ela arriscasse uma careta, ou exibisse os dentes, ou dissesse um ‘au’, um ‘auzinho’ que fosse, todos nós ficaríamos surdos… com a saraivada de balas que seriam disparadas naquele apertado corredor sem saída!
Naquele dia tenso erramos o bote. Toby não estava no quartinho! E nem na casa. Depois de ver o ultimo de nós pulando o muro da frente de volta pra rua, a cadela malhada colada num cantinho do quintal parou de tremer. E deve ter pensado: “Ufa!!! Essa foi por pouco. Quase morri do coração”!
A tremedeira da Pitbull do Toby não foi em vão. Ajudou a entender porque os cães não atacavam Fernando da Gata…!
Eram cerca de quatro da tarde de um dia qualquer da semana quando o capitão Daniel nos parou no meio da rua e sem descer da viatura falou:
– Vamos dar uma busca na casa do Kinoche! Estou com pouco pessoal… Precisamos do apoio seus!
Kinoche vivia na lista negra da PM, mas eu não conhecia seu endereço. Segui o capitão. Ele entrou pela rua do Queima, virou para os Fernandes, parou na lateral da casa e disse:
– Aguenta aqui no portão do fundo que eu vou apresentar o mandado na porta da frente, na esquina.
Quando percebi que ele entrou com seus homens, empurrei o portão de aço, corrediço, e enfiei a cara antes que Kinoche ou um possível comparsa saísse pela porta da cozinha…
Que susto!!!

O bote do Rottweiler quase engoliu meu braço! Só não engoliu porque na frente do braço estava o trezoitão niquelado. A baba do imenso cão preto chegou a molhar o cano do trabuco. E não era só ele. Dois passos atrás, na ponta de uma corrente, um Pitbull branco, jovem, dizia com todas as letras que ia me estraçalhar tão logo arrebentasse a coleira ou a corrente!
Não sei se foi o bom senso, a coragem, ou o medo que me imobilizou ali naquele vão de portão na entrada do quintal, a centímetros daquelas bocarras. Uma coisa eu sabia: se virasse as costas, antes de dar três passos eu sentiria aquela mandíbula quente e babona, na melhor das hipóteses, na minha panturrilha! Mas poderia ser na nuca! Quando o capitão Daniel ou outro colega meu conseguisse retirar o monstro negro e raivoso de cima de mim, eu não teria mais condições de contar histórias…! Por isso mesmo eu continuei ali naquele portão. Estático, mão esquerda apoiada na parede da casa e a direita tesa, apontando o trabuco para o centro da testa do animal que sapateava sem coragem de dar o bote. Não sei quantos minutos durou aquela cena. Só sei que com o passar do tempo, o Rottweiler foi baixando o tom. O Pitt Bull foi afrouxando a corrente. O Rottweiler já admitia dar uns passos para trás, em círculo. O Pitbull, talvez percebendo que eu não puxaria o gatilho, também admitiu recuar. Meu coração também foi desacelerando… Ao cabo de um tempo que não medi no relógio, Rottweiler e Pitt Bull estavam sentados no fundo do quintal, perto de suas marmitas vazias. Estavam bem de frente pra mim, de olhos arregalados, mas quietos. Não sei se continuariam assim passivos se eu colocasse o trabuco no coldre.
Quando vi a silhueta gigantesca do capitão Daniel na cozinha, acompanhado da mãe do Kinoche, e conclui que a situação estava sob controle, finalmente me afastei do portão. Mas saí de fasto. Só desgrudei os olhos da ‘dupla’ e baixei o cano do revólver quando encostei o portão de ferro na parede da casa.
Os latidos, o hálito quente, a baba, a ferocidade daqueles dois cães de guarda a menos de um metro do meu braço ficaram ecoando na minha mente o resto do dia!
– Que risco eu corri! – pensava eu.
– Mas porque o Rottweiler não me atacou…? – Confabulava eu com meus botões.
Só bem mais tarde entendi.
Só bem mais tarde conclui que os cães são mais inteligentes do que parecem. O cão sabia que se desse um passo a mais… para comer carne branca e rija do maduro policial, comeria apenas azeitona quente
O auge da experiencia sobre o comportamento dos cães de guarda diante do perigo, certamente foi naquele final de tarde, no portão entreaberto do quintal do Kinoche.
Mas houve outros momentos de ‘estudo’ do comportamento canino. Antes e depois daquele dia.
A ultima experiencia aconteceu exatamente no derradeiro dia de trabalho deste policial, no dia 06 de setembro, na Rua do Queima. Eu e o cão já éramos velhos conhecidos… e velhos desafetos! Mas desafetos leais, que sempre se respeitaram… desde que eu levasse na mão direita o trabuco! Eu já estava acostumado a pular aquele muro. Era a quarta vez. – Numa delas o dono do cão sequer se deu o trabalho de levantar-se da cama! Para ver seu rosto tive que usar o cano do Taurus para levantar o edredom…! – E sabia que o mestiço estava ali. Só não sabia que naquela manhã ele estava tão perto! Quando pulei o muro quase caí em cima dele. Difícil saber quem se assustou mais…! Ali, cara a cara, na penumbra desmaiada da noite que ainda não havia jogado a toalha, a três palmos um do outro, sentindo o hálito quente um do outro…! Não sei se ele usaria os dentes, talvez de susto..! A distancia entre nós era muito curta… O tempo para nós era muito escasso! Tão escasso que nenhum dos dois poderia esperar a iniciativa do outro. Quem agisse primeiro ocuparia o espaço do outro… E eu agi! Só havia um jeito de ter certeza de que Mestiço não usaria os dentes! Tive que apertar o gatilho!
Mais com o vácuo provocado pela bala quente do trezoitão do que pelo medo, o meu amigo Mestiço – um vira-latas pardo, de porte médio com cara de Pitbull – deu um salto para o lado e foi sentar-se, como de habito, debaixo do limoeiro. Enquanto eu atravessava a varanda para bater na janela do quarto do seu dono, ele continuou praguejando. Mas não escutava o próprio latido. A bala passara a poucos centímetros do seu ouvido esquerdo. Estava surdinho da silva…!
Com estas e outras experiências caninas vividas tão de perto em Santa Rita do Sapucaí, aprendi, 25 anos depois, porque os cães não atacavam Fernando da Gata! Por instinto ou inteligência… eles sentem o perigo! Desconfio até que eles conhecem o velho jargão dos humanos:
“Melhor um covarde vivo do que um herói morto”.
É por isso que nem mesmo os esguios e indecifráveis Dobermanns não atacavam Fernando da Gata…! No primeiro momento eles bem que tentavam. Pulavam, sapateavam, dançavam… Faziam aquela balburdia toda. Se aproximavam até uma distância segura! Mas sabiam que um passo a mais seria fatal.
Se os Dobermanns pudessem saber o que aconteceria à Fernando da Gata alguns dias depois, eles poderiam se vingar com o trocadilho:
“ Que se vá os anéis… Mas que fiquem os dedos”!
Pois o famigerado bandido Fernando da Gata, levou quilos de joias de Pouso Alegre, e foi enterrado em sua terra natal como herói… Mas sem os dedos!!!

* Hoje, 03 de setembro de 2017, faz 35 anos que “Fernando da Gata” foi morto num confronto com a polícia de Pouso Alegre.
“Os últimos dias de Fernando da Gata”, contados por este repórter, estão na página 91 do livro “Meninos que vi crescer”!

Jonathan & Jony… os assaltantes intermunicipais!

Em pouco mais de 24 horas eles conseguiram assaltar estabelecimentos comerciais em tres cidades da região!Dois num mesmo dia!

Jonathan admitiu os 4 roubos mas livrou a cara do parça Jony…
A mesma pistola preta, o mesmo ‘modus operandi’, até as mesmas roupas usadas no três assaltos. Foram estes detalhes que levaram os homens da lei a seguir a sombra da dupla Jonathan e Jony.
A dupla, que até ontem cantava de galos no crime na região, foi abordada pela policia militar em um boteco da Rua Roberto Ramos de Oliveira na ‘baixada do Mandu’, ao pé da noite desta quarta,19. Na ocasião Jonathan usava roupas semelhantes à usada nos roubos da segunda-feira. No celular deles havia provas cabais do crime: o meliante Jony exibia a ‘pacoteira’ roubada, como troféu! Depois de um tete-a-tete com os homens da lei, Jonathan confessou os três roubos, dois cometidos na segunda-feira, 17, e outro na terça. E confessou mais…
O primeiro roubo do dia aconteceu na pequenina Congonhal, 16 quilômetros a nordeste de Pouso Alegre às quatro e meia da tarde. Do mercadinho Souza & Souza a dupla da pistola preta levou R$700.
Duas horas depois, enquanto a policia militar tentava prender a dupla nas cercanias, aconteceu o segundo roubo, na cidade de Cachoeira de Minas, a trinta e dois quilômetros ao sul de Pouso Alegre. A vitima da terra do biscoito foi também um mercadinho. E o prejuízo foi maior: atrás da ameaçadora pistola preta, numa ação que durou 44 segundos, os assaltantes levaram cerca de mil reais.
O terceiro roubo em vinte e quatro horas aconteceu no bairro Boa Vista, ao norte de Pouso Alegre. Brandindo a mesma pistola preta o assaltante fez o dono da mercearia e seus clientes se fecharem no banheiro enquanto ele limpava o caixa. Levaram da mercearia cerca de 800 reais e dois celulares.
Diante do detalhado relatório da policia militar narrando o que havia apurado, a jovem delegada de plantão Hipólita Brun, solicitou, e o homem da capa preta expediu o ‘mandamus’. Desde o final da noite desta quarta-feira, 19, Jonathan e Jony estão à disposição da justiça na DP, contando todo tipo de estória ao delegado Gavião e sua ‘pupila’. Jonathan Wesley Gomes de Oliveira, 25, confessou os dois roubos da segunda e o da terça-feira e confessou também o roubo ao posto do “Macaco” na tarde do dia 04 de julho. Mas diz que seu ‘parça’ nestes crimes é um tal de “R…”, dono da pistola preta. Ambos foram reconhecidos pelas vitimas dos três roubos.

Jony fez selfie com o dim-dim mas jura de pés juntos que não participou dos roubos…

Apesar de exibir em selfies parte do dinheiro roubado das mercearias, e do reconhecimento das vitimas, Jony da Silva, 25, sem registros policiais, jura de pés juntos que não participou dos roubos.
Nos próximos dias, o delegado Renato Gavião, responsável pela Delegacia de Furtos & Roubos da delegacia regional, deverá colocar tudo em pratos limpos.

 

  • Atualização: Em depoimento ao delegado Gavião na tarde desta quinta-feira,20, Jonathan confessou também o roubo ao Posto Santa Maria, ocorrido na noite do dia 08 de julho. Será que tem mais?

Preso foge da Delegacia de Policia

O fato aconteceu no final da noite desta segunda,15, na delegacia regional de Pouso Alegre. Mas a liberdade durou apenas três horas!

Numa noite fresca de 1982 sentimos pela primeira vez o dissabor de ver um preso escapar pelo vão dos dedos. A sensação é parecida com chupar cabo de guarda-chuva velho! Interrogávamos um suspeito de pelos menos meia dúzia de furtos a residências em Pouso Alegre. Sabíamos quem eram os ladrões… faltavam as provas! A confissão era uma delas! Quando ele começou a abrir o livro, fui à Inspetoria da velha delegacia da Silvestre Ferraz, duas salas ao lado, checar suas informações no livro de “registro de crimes contra o patrimônio”. Como não encontrei o BO a que ele se referia, o Adair foi me ajudar. Enquanto procurávamos, o Paixão também chegou para ajudar. E o preso ficou no ‘confessionário’ aos cuidados apenas do Barbosa! Não havia riscos. Afinal, o preso estava algemado, sem o cinto, com a calça na mão, justamente para dificultar seus movimentos! Dois minutos depois o Barbosa também chegou à Inspetoria para ajudar a procurar o tal registro. No minuto seguinte nós quatro perguntamos juntos:
– Quem está no ‘confessionário’ com o preso ???
Ninguém. E não havia necessidade. Não havia mais preso no confessionário! Foram necessários poucos segundos para que ele batesse asas!
Quando estávamos no meio da rua tentando avistar sua sombra em cima do telhado da velha delegacia, único local possível para se fugir, o Mauricio Chiarini que chegava em casa com amigos, ao lado da delegacia perguntou:
– Vocês estão procurando um preso que fugiu algemado e seminu? Nós acabamos de encontrar com ele lá perto do portão da Rinha…!
Demorou vários meses para esclarecer aqueles furtos…
Naquele mesmo ano eu estava no mesmo confessionário interrogando o Peixinho, às dez da manhã. Quando ele terminou de contar para quem havia vendido a televisão furtada do Dr. Afonso Celso, eu fui à inspetoria pedir uma viatura para continuar as diligencias. Um minuto depois o colega Mairinques, que havia ficado com o Peixinho, também chegou à Inspetoria. Antes que eu perguntasse a ele onde estava o nosso preso, o detetive Pomarola, – que na época era ainda um meninão gordo e cabeludo que trabalhava com seu pai no escritório em frente, me respondeu… Depois de bater timidamente nas minhas costas ele falou… com a boca e com os braços:
– Saiu um cara algemado correndo ali do fundo da delegacia!
Era o nosso preso Peixinho… Ensaboado!
Esse eu consegui recapturar. Corri sem vê-lo por vários quarteirões, atravessei a linha férrea da Avenida Brasil, entrei na várzea do Aterrado e finalmente o alcancei na beira do Rio Mandú – essa história está na pagina 37 do livro “Meninos que vi crescer”!
Fugas de presos são assim… Basta um descuido do policial, e o preso, que nunca se descuida, bate asas e levanta voo! Mesmo que ele esteja sem o cinto, tendo que segurar as calças, ou com as mãos presas por algemas, se houver possibilidade de fugir… ele foge! Motivo para o bandido fugir não falta: ele não tem nada a perder! E pode ganhar um valioso prêmio… a liberdade!
No final da noite desta segunda, 15 de maio, aconteceu mais uma fuga deste tipo na delegacia de polícia civil de Pouso Alegre. Quem dobrou a serra do cajuru foi o meliante Wagner Aparecido Roque, 27. Ele havia sido recapturado duas horas antes na cidade de Cachoeira de Minas. Wagner o “Negão” era fugitivo da cadeia de Itajubá, para onde fora levado uma semana atrás, depois de ser preso preparando para dar o bote em um posto de combustíveis na vizinha Piranguinho.
Negão, 27 anos, está na estrada do crime desde o fim da adolescência. No entanto, não costuma criar raízes atrás das grades. E é do tipo valentão! Daqueles que gostam de rolar na poeira com os homens da lei. Em 2011 a Juíza Criminal da Comarca de Itajubá mandou chamar Negão à sua presença para dar-lhe uns puxões de orelha. Negão, que estava cumprindo pena no regime aberto, engrossou com a juiza! Quando os policiais chegaram para conduzi-lo para o presidio, Negão rolou na poeira com os homens da lei…! Mesmo na presença da ‘Mulher da Capa Preta’!
As onze e meia da noite desta segunda, depois de ter sido preso num mocó em Cachoeira de Minas, Wagner Negão esperava no ‘corró’ da DP o momento de pegar o taxi do Magaiver para o Hotel do Juquinha. Mesmo dentro do ‘corró’ ele continuava com as pulseiras de prata. Mas bastou um minuto de descuido para Wagner Negão bater asas e levantar voo! Três horas mais tarde ele voltou a andar no taxi do contribuinte. Wagner Negão foi novamente recapturado às três da manhã na BR 459, perto da Maria Fumaça.
Apesar de ter sido recapturado poucas horas depois da fuga da DP, pelos mesmos policiais que cochilaram, Wagner Negão deixou uma peteca quente para os policiais segurarem!

Policia fecha “refinaria de cocaína” em Cachoeira de Minas

E prende dois traficantes com mais de 60 quilos de droga!

O Saldo da refinaria de drogas de Cachoeira de Minas: 38 Kg de pasta base de cocaína, 7 Kg de crack, 19 Kg de cocaína refinada, três porções de cocaína refinada, R$ 1.110,75 em dinheiro, R$ 2,5 mil em cheques e quatro balanças.

A operação foi desencadeada no final da tarde desta segunda, 17, no bairro Bateia, zona rural de Cachoeira de Minas, divisa com Pouso Alegre. A refinaria ficava num sitio cercado de arvores, o que dificultava o acesso da polícia. Foram semanas de investigações até que o Juiz da Comarca de Cachoeira de Minas expedisse o mandado de busca para o mencionado sitio. O “mandamus” do Homem da Capa Preta foi cumprido em conjunto pelas policias civil, militar e GAECO (órgão vinculado ao Ministério Publico de Minas Gerais) no crepúsculo desta segunda. Durante o cumprimento do mandado, um dos traficantes, que estava chegando ao local num veículo Renault Logan conseguiu fugir do veículo e se embrenhar no mato. Outros dois foram surpreendidos com a boca na botija. Janilton Francisco Faria e Alberto Carlos Casalechi Filho estavam na cozinha embalando cocaína para entrega.

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Da esquerda para direita Janilton Francisco Faria e Alberto Carlos Casalechi Filho os 65 quilos de drogas e apetrechos…

No local a polícia apreendeu vários sacos de farinha do capeta e diversas barras de pasta base da droga. Apreendeu também balanças de precisão, uma prensa, uma betoneira e vários tambores com gesso e produtos químicos que seriam usados no refino e preparo de cocaína e crack, além dos veículos Renault Logan prata e um Fiat Strada verde, -segundo Janilton, pertencente a seu pai.

No fundo falso do Renault Logan de onde saiu o fujão Gerson Francisco Faria, havia mais barras de pasta base para fazer farinha do capeta e pedra bege fedorenta.

Alberto Carlos Casalechi Filho e Janilton Francisco Faria, residentes na Baixada do Mandú em Pouso Alegre receberam as pulseiras de prata da lei e foram sentar ao piano do delegado de plantão de Pouso Alegre, de onde subiram para o Hotel do Juquinha.

Oi… esse cheque é seu?

Deus seja louvado!!! Ainda bem que foi você, uma pessoa boa e honesta, que achou! Você merece uma recompensa por isso. Vou te dar um par de sapatos…

Foi mais ou menos assim o diálogo travado entre as duas mulheres de meia idade no centro de Pouso Alegre, no meio da manhã desta quarta-feira, 08.
Dona Maria passava defronte o Banco Mercantil quando viu uma senhora à sua frente derrubar ao chão uma folha de cheque. Honesta e bem intencionada, ela se abaixou, pegou o cheque e fez a clássica pergunta:
– Esse cheque é seu?
Ao ouvir a pergunta, a senhora de cerca de 60 anos, usando blusa listrada e óculos se grau, virou-se, juntou as mãos, chamou meia dúzia de santos e fez a cena de beata agradecida.
E não ficou só nas palavras. A beata de óculos fundo de garrafa – que não passava de armação -, fez questão de dar uma recompensa à dona Maria, pela honestidade.
– A senhora salvou minha vida. Se a senhora não tivesse devolvido o cheque eu estaria perdida… Vou te dar um par de sapatos para compensar sua honestidade – disse a vigarista.
Dona Maria não sabe explicar muito bem o que se passou. Mas diz que neste interim surgiu outra senhora, morena, obesa e entrou na conversa, e também ganhou um par de sapatos não se sabe bem por quê.
E para dar autenticidade ao engodo, a morena obesa foi primeiro buscar seus sapatos novos na loja da beata óculos fundo de garrafa ali perto. Voltou minutos depois exibindo um pisante novo.
‘Autenticado’ o engodo, dona Maria, 52 anos, moradora do bairro Cruzeiro em Cachoeira de Minas, pegou seu vale-sapato e foi à Rua Pedro Adão número 1620 buscar também seu pisante novo. O detalhe é que ela deixou sua bolsa com as duas mulheres conversando na porta do banco! Depois de andar de uma ponta a outra da Rua Pedro Adão de pouco mais de cem metros de extensão à procura de um número que nunca existiu, dona Maria voltou à porta do banco para pegar sua bolsa. Mas só o pó… A beata dona do cheque e a morena obesa, há muito haviam dobrado a serra do cajuru… Levando sua bolsa ‘com tudo dentro’. Inclusive R$ 360…!

Perseguição e tiros em Cachoeira de Minas

Estavam os policiais Marcus e Antonio Claret, o primeiro sentado sobre a motocicleta da policia civil, e o segundo ao lado da viatura policial, trocando figurinhas sobre os últimos acontecimentos policiais da cidade, às onze da noite de sexta, 27, na pracinha central de Cachoeira de Minas, quando por ali passou um Chevrolet Monza em velocidade incompatível com a via, tirando fina da moto do policial.

A reação foi imediata… Detetive e soldado saíram pelas ruas da cidade tentando abordar o motorista que parecia mamado!  Mas perderam a pista! E teria sido melhor se não tivesse achado…!

Meia hora depois Marcus estava sentado sobre a moto numa encruzilhada do bairro Alto das Cruzes tentando se comunicar com o soldado, quando eis que surge o mesmo Monza no mesmo ritmo! E passa levantando poeira! Levantou poeira também a azeitona quente que saiu da .40 do policial em direção à roda trazeira do Monza quando ele passou!

Alguns minutos depois finalmente o policial avistou o Monza parado… Do lado de dentro de uma porteira na entrada de uma propriedade!  Marcus se aproximou de arma em punho, se identificou e fez a clássica pergunta;

– Por que você correu da policia?

– Porque eu estava dirigindo bêbado, caralho!

– Ok, então mantenha as mãos onde eu possa ver e me dê sua carteira de habilitação…!

Neste momento o moço que se dizia chamar Reginaldo Rodrigues Lopes, conhecido pela alcunha de “Nego”, ‘cresceu’! Ao tirar a carteira do bolso ele a jogou no chão e foi em direção ao policial. Advertido para parar Nego continuou caminhando na direção do policial à meia luz do farol da moto! Mesmo com o primeiro tiro de advertência que se cravou a poucos centímetros dos seu pés, ele continuou se movendo… Até que sentiu o aço quente da azeitona .40 rasgando a carne da perna!!!

Mesmo ferido Nego sacou o celular e ligou para o vizinho Jose Evanildo dos Reis dizendo que estava ferido. Não tardou chegaram os vizinhos Jose Evanildo e o filho Junior. E aí, além de aumentar a tensão, começa a controversa!

Segundo o detetive Marcus, Jose Evanildo e o filho estariam armados e, depois de se identificar e determinar que baixassem as armas, ambos caminharam até a moto com intenção de apagar seu farol! Mais dois tiros saíram da pistola do policial como advertência! E teriam saído mais se a pistola não tivesse travado! O recurso foi se afastar do local e se esconder nas sombras da noite enquanto pedia reforço policial. Jose Evanildo e o filho alegam que não estavam armados!

A situação somente voltou às claras com a chegada, primeiro dos Bombeiros que socorreram Nego com um tiro na perna e depois, da policia militar, que chegou para dar apoio. Durante as buscas no local do imbróglio, perto da porteira onde balas de .40 sibilaram, tendo uma rasgado a perna do fujão Nego, os policiais não encontraram as supostas armas alegadas pelo detetive!

No inicio da madrugada todos sentaram ao piano do delegado Wellington Clair, na Delegacia Regional de Pouso Alegre. Na ausência de qualquer conduta típica por parte de Jose Evanildo e seu filho, o douto paladino da lei, professor de direito penal, mandou soltá-los.

Reginaldo “Nego” Rodrigues Lopes, depois de medicado, pagou três salários de fiança por dirigir mamado e desobedecer a ordem policial, e voltou para casa. O detetive Marcus teve a arma – do estado – recolhida e responderá por lesões corporais!

Tudo por conta de loiras geladas, da sedutora Severina do Popote e da ânsia de fazer cumprir a lei…!

 

Policia prende assassinos do gesseiro

Bruno, o baixinho, é o chefe da quadrilha de ladrões de moto; O de camisa branca é Sergio Diovane, intrujão da moto roubada do Cesar; Gabriel é o que fo reconhecido pelo gesseiro e deu os golpes; O Gordinho é o 'dimenor' L.F... Todos estão por conta do contribuinte no Hotel Recanto das Margaridas.

Bruno, o baixinho, é o chefe da quadrilha de ladrões de moto; O de camisa branca é Sergio Diovane, intrujão da moto roubada do Cesar; Gabriel é o que foi reconhecido pelo gesseiro e deu os golpes; O Gordinho é o ‘dimenor’ L.F… Todos estão por conta do contribuinte no Hotel Recanto das Margaridas.

Desde que foi comunicada do latrocínio do gesseiro Cesar Jose de Carvalho, ao pé da manha desta terça na cidade de Conceição dos Ouros, a policia não descansou enquanto não colocou as pulseiras de prata nos assassinos. Foram quase quatro vinte e quatro horas de perseguição e outras tantas para esclarecer o crime, sentar os assassinos ao piano e manda-los para o xadrez!

O fio da meada foi a informação de um amigo oculto da lei que diz ter visto um dos suspeitos tentando esconder a arma do crime em um pasto nas imediações de sua casa. Para a prisão dos suspeitos foi um pulinho!

O primeiro suspeito a receber a visita dos homens da lei foi o furador de poço Bruno Henrique Costa, residente no Bairro Santa Barbara em Conceição dos Ouros. A entrada em sua casa foi autorizada pelo Homem da Capa Preta da Comarca de Cachoeira de Minas. Lá os policiais encontraram os indícios do crime, tais como roupas e sapatos sujos de barro e gesso e dois amortecedores de moto!

Interpelado sobre o que fizera na noite anterior, Bruno Henrique respondeu que ficara em casa assistindo filmes na companhia dos amigos Lucas e Gabriel. Era quase isso… Na verdade eles passaram parte da noite ‘participando’ de um filme… De terror!

 

Pedaços de caibros...

Pedaços de caibros…

Lucas e Gabriel foram localizados em um pasto não muito distante dali e como haviam esquecido de combinar o álibi com Bruno, caíram em contradição. A seguir os policiais localizaram na beira de um mato vários pedaços de caibros  e uma faca quebrada com manchas de sangue  e gesso, usados no assassinato de Cesar.

Com a casa caída, Bruno tentou empurrar toda a responsabilidade para os parceiros Lucas e Gabriel. Quanto à moto roubada do gesseiro ele disse que estava na posse do intrujão Sergio Diovane Braz, morador da cidade de São Bento do Sapucaí. Já no final da noite os policiais apresentaram as pulseiras de prata à Diovane no bairro Canta Galo na cidade serrana e recuperou a moto roubada.

Segundo a policia apurou, o roubo foi cometido pelo trio Bruno Henrique Costa, 18, Gabriel Fernando da Fonseca, 18 e L.F.A.P. 17, todos residentes no município de Conceição dos Ouros. Os assassinos usaram os pedaços de madeira da própria fabrica de gesso – usados para fazer escoras – para golpear a vitima por todo corpo, especialmente na cabeça, conforme necropsia.

– Era apenas para levar a moto, mas o Cesar me reconheceu… Aí eu tive que bater na cabeça dele com o pedaço de pau – confessou Gabriel Fernando da Fonseca.

O gesseiro Cesar foi inicialmente atacado com uma faca e recebeu alguns golpes superficiais nas costas, como mostram a necropsia, mas a faca se quebrou!

 

Moto roubada do Cesar.

Moto roubada do Cesar.

Logo depois de matar o gesseiro, Bruno foi levar a moto roubada para o intrujão na cidade São bento do Sapucaí. De manhãzinha Sergio o trouxe de volta para Conceição dos Ouros na mesma moto roubada. Na ocasião sugeriu e ajudou os assassinos a queimarem as roupas usadas no crime no inicio da madrugada. Isso faz dele participe de todo o crime. Como não existe crime perfeito, esqueceram de queimar todas as provas do crime!

Segundo policiais civis de Cachoeira de Minas, que participaram ativamente da caçada aos assassinos do gesseiro, a quadrilha de ladrões de motos composta por Bruno Henrique,L.F., Gabriel Fernando e Sergio Diovane há meses vinha sendo investigada pelos policia da comarca. O quarteto é suspeito de dezenas de furtos de motos na região do polvilho! Agora o caldo engrossou!

 

 

Cachoiêra de Minas continua lá…

Placa proxima
Placa distante
Esta crônica foi publicada aqui no Blog no dia 20 de outubro de 2011 com o titulo; “Retrato da educação no Brasil”. De lá para cá muitos carros passaram cantando pneus a poucos centímetros dela; muita agua passou no leito do Rio Sapucaí alguns metros abaixo; milhares de pessoas leram o ‘vacilo’; Cachoiera ganhou o mundo através do Blog… E nada mudou!

“Terminou outro dia a greve – recorde – de 112 dias dos professores de Minas. Aliás, terminou como todas as outras nos anos anteriores; com os professores com uma mão na frente e outra atrás. Enquanto isso, os estudantes brasileiros se formam, recebem seus canudos e ingressam  na faculdade ou no mercado de trabalho escrevendo assim:

A placa está ali a quinhentos metros da cidade de Santa Rita, saída para Pouso Alegre, na descida do bairro Serrinha, acima da ‘vivenda’ do “Psicoteca” – Aliás, ‘psicoteca’ é corruptela de ‘psicotécnica’, resultado da cultura ou incultura do Sr. Sebastião ao pronunciar tal palavra – há cinco anos, desde a conclusão das obras de recapeamento e ampliação da BR 459.

O erro não é somente gráfico, mas também fonético, afinal, cachoeiiiiiiiira soa bem diferente de cachoiêêêêêêêêra…

De quem é a culpa?

Do funcionário do DENIT/DER que mandou pintar a placa? Ou do ‘profissional’ que pintou a dita cuja? De ambos. E acrescento ainda mais dois culpados. O cidadão cachoeirense e a escola.

O funcionário do DENIT ou encarregado da obra deveria escrever no papel os dizeres a serem pintados e conferir a ‘obra’ depois de pronta. O ‘artista’ que pegou no pincel, se não sabia escrever, deveria consultar quem sabe antes de ‘pintar o sete’.

Tudo bem, não dá para esperar muito destes dois; um é empregado do governo e fiscalizando ou não a qualidade da obra, vai receber seu polpudo salário no fim do mês – Aliás, obra do DENIT… Põe polpudo nisso!!! O outro, tanto faz; cachoeira, cachoiera ou cachorreira… o que importa é que o dimdim ‘escorra’ para seu bolso.

Mas e o cidadão cachoeirense??? Por ali passam diariamente centenas de cachoeirenses todos os dias… Será que não sentem nem mesmo um arranhão no orgulho ao verem o nome de sua cidade escrito de forma errada? Ou será que nunca repararam?

Bem, se o cidadão ‘cachoierense’ não se importa em ver o nome de sua cidade deturpado, se o funcionário do DENIT não se importa em ver a competência do seu trabalho atestada e se o pintor de placas não se importa em pintar publicamente sua ignorância, desculpem-me. Deixem a placa lá. Serve ao menos para alguns motoristas mais atentos se distrair na viagem, pintando comentários pejorativos sobre os três.

Enquanto isso, os governos deixam seus estudantes meses sem aula por causa de cento e poucos reais e se justificam dizendo que estão cumprindo a lei…! Mais correto seria se tivessem pintado; “Cachorrada” dos polit….”, bem, deixa prá lá…

Não se surpreendam se na próxima placa escreverem “Cachorreira” de Minas…”

Em 2014 a rodovia que havia sido totalmente reformada em 2006, passou por nova reforma. Aliás, reforma desnecessária e inexplicável, uma vez que só tinha alguns buraquinhos aqui e acolá. Muito mais gritante é construir uma 3ª faixa no trecho da MG 350, que liga Itajubá ao alto da serra da Mantiqueira, e, melhor ainda, até Piquete, caminho inevitável de milhares de romeiros que dobram a serra com destino à Padroeira do Brasil e ao Rio de Janeiro. Esse é um mistério que, embora saibamos, não nos arriscamos explicar! Um dia ‘aquele pessoal de Brasilia’ irá prestar contas lá no ‘escritório de cima’…!

O fato é que durante a operação tapa buraco – no bolso de alguns políticos! – a placa de Cachoiera foi retirada na margem da via. Aí eu pensei:

– Bem, a reforma da pista servirá para alguma coisa além e financiar campanha politica… Finalmente, oito anos depois, irão corrigir a grafia da placa!

Mas… para minha surpresa, a placa voltou ao mesmo local com a mesma grafia tal qual era antes!

Meu Deus, pelos meus professores da infância, pelos meus netinhos que ainda não nasceram… Será que nem desta vez perceberam o erro?

Pelo andar da carruagem, não… Cachoeira de Minas continua Cachoiiiiiiiiiieeeeeeeeera de Minas!